domingo, 16 de dezembro de 2007

Oscar Niemeyer, 100 anos

Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1907) é um arquiteto brasileiro considerado um dos nomes mais influentes na Arquitetura Moderna internacional. Foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado.

domingo, 21 de outubro de 2007

HEITOR VILLA-LOBOS


VILLA-LOBOS, VIDA E OBRA

Infância
A 5 de março de 1887, nascia Heitor Villa-Lobos, na Rua Ipiranga, bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro. Sua mãe, Noêmia Villa-Lobos, cuidava dos filhos e da casa. Seu pai, Raul Villa-Lobos, era funcionário da Biblioteca Nacional e dedicava-se à música, como amador.
Na casa dos Villa-Lobos, todos os sábados, nomes respeitados da época reuniam-se para tocar até altas horas da madrugada. Esse hábito, que durou anos, influiu decisivamente na formação musical de Villa-Lobos que, logo cedo, iniciou-se na música. Aos seis anos de idade, aprendeu a tocar violoncelo com o pai, em uma viola especialmente adaptada.
Foi também nessa época - e graças à sua tia Fifinha que lhe apresentou os Prelúdios e Fugas do "Cravo Bem Temperado" - que "Tuhú" (seu apelido de infância) fascinou-se pela obra de Johann Sebastian Bach, compositor que acabou por lhe servir de fonte de inspiração para a criação de um de seus mais importantes ciclos, o das nove "Bachianas Brasileiras".
Além da cidade do Rio de Janeiro, Villa-Lobos residiu com a família em cidades do interior do Estado e também de Minas Gerais. Nessas viagens, entrou em contato com uma música diferente da que estava acostumado a ouvir: modas caipiras, tocadores de viola, enfim, uma parte do folclore musical brasileiro que, mais tarde, viria a universalizar-se através de suas obras.

O contato com os chorões
Ao voltar ao Rio de Janeiro, a música praticada nas ruas e praças da cidade também passou a exercer-lhe um atrativo especial. Era o "choro", composto e executado pelos "chorões", músicos que se reuniam regularmente para tocar por prazer e, ainda, em festas e durante o carnaval. Tal interesse levou-o a estudar violão escondido de seus pais, que não aprovavam sua aproximação com os autores daquele gênero, pois eram considerados marginais.
Com a morte de Raul Villa-Lobos, em 1899, D. Noêmia não conseguiu mais conter o filho. No início dos anos 20, como conseqüência desse envolvimento com o choro, começaria a compor um ciclo de quatorze obras, para as mais diversas formações, intitulado "Choros"; nascia aí uma nova forma musical, onde aquela música urbana se mesclava a modernas técnicas de composição.

As viagens pelo Brasil
Em l905, Villa-Lobos partiu em viagens pelo Brasil. Visitou os estados do Espírito Santo, Bahia e Pernambuco, passando temporadas em engenhos e fazendas do interior, em busca do folclore local. Tempos depois, seguia para outra viagem - uma excursão pelo interior dos estados do Norte e Nordeste - que se estenderia por mais de três anos. Foi nesse momento que teria conhecido a Amazônia - fato ainda não comprovado - o que teria marcado profundamente sua obra.
Por onde passava, Villa-Lobos ia recolhendo temas folclóricos que utilizaria em suas composições, como no "Uirapuru", e em seu futuro trabalho de educação musical, através da coleção "Guia Prático".

A maioridade artística
O ano de 1915 marca o início da apresentação oficial de Villa-Lobos como compositor, com uma série de concertos no Rio de Janeiro. Na época, casado com a pianista Lucília Guimarães, ganhava a vida tocando violoncelo nas orquestras dos teatros e cinemas cariocas, ao mesmo tempo que escrevia suas obras. Os jornais publicavam críticas contra a modernidade de sua música. Anos mais tarde, o compositor fez questão de explicar:

"Não escrevo dissonante para ser moderno. De maneira nenhuma. O que escrevo é conseqüência cósmica dos estudos que fiz, da síntese a que cheguei para espelhar uma natureza como a do Brasil. Quando procurei formar a minha cultura, guiado pelo meu próprio instinto e tirocínio, verifiquei que só poderia chegar a uma conclusão de saber consciente, pesquisando, estudando obras que, à primeira vista, nada tinham de musicais. Assim, o meu primeiro livro foi o mapa do Brasil, o Brasil que eu palmilhei, cidade por cidade, estado por estado, floresta por floresta, perscrutando a alma de uma terra. Depois, o caráter dos homens dessa terra. Depois, as maravilhas naturais dessa terra. Prossegui, confrontando esses meus estudos com obras estrangeiras, e procurei um ponto de apoio para firmar o personalismo e a inalterabilidade das minhas idéias".

A Semana de Arte Moderna
No Brasil do início do século, a influência européia e a permanência do espírito conservador do fim de século incomodavam a juventude, que começava a reagir a tudo isso. Surgiu, então, um movimento chamado Modernista que, em fevereiro de l922, foi oficializado em São Paulo, através da Semana de Arte Moderna. Atividades de vários campos da arte foram apresentadas no Teatro Municipal daquela cidade.
Convidado por Graça Aranha, Villa-Lobos aceitou participar dos três espetáculos da "Semana", apresentando, dentre outras obras, as "Danças Características Africanas".

As primeiras viagens a Europa
Já bastante conhecido no meio musical brasileiro, alguns de seus amigos começaram a incentivá-lo a ir à Europa, e apresentaram à Câmara dos Deputados um projeto para financiar sua ida a Paris. A proposta foi aprovada e Villa-Lobos partiu, em l923, para o que seria sua primeira viagem ao Velho Continente. Chegou com mentalidade própria e se impôs em menos de um ano. Um grupo de amigos ajudou-o nas despesas e apresentou-o aos editores Max-Eschig, enquanto o pianista Arthur Rubinstein - que já o conhecia do Brasil - e a soprano Vera Janacópulus divulgavam suas obras em recitais por vários países.
De volta ao Rio de Janeiro, em 1924, Villa-Lobos foi assim saudado pelo poeta Manuel Bandeira:

"Villa-Lobos acaba de chegar de Paris. Quem chega de Paris espera-se que chegue cheio de Paris. Entretanto, Villa-Lobos chegou cheio de Villa-Lobos. Todavia uma coisa o abalou perigosamente: a "Sagração da Primavera", de Stravinsky. Foi, confessou-me ele, a maior emoção musical da sua vida.(...)".

Em l927, o compositor retornou a Paris para organizar concertos e publicar várias obras. Fez amigos, e muitos artistas de renome freqüentavam sua casa e participavam das feijoadas dos domingos. A partir dessa segunda temporada na capital francesa, ganhou prestígio internacional, apresentando suas composições em recitais e regendo orquestras nas principais capitais européias, causando forte impressão, ao mesmo tempo em que provocava reações por suas ousadias musicais.
No segundo semestre de 1930, Villa-Lobos - a convite - retornava provisoriamente ao Brasil para a realização de um concerto em São Paulo. Contudo, não previa que, neste seu retorno, estaria inaugurando um novo capítulo em sua biografia.

Villa-Lobos, o educador
Villa-Lobos preocupava-se com o descaso com que a música era tratada nas escolas brasileiras e acabou por apresentar um revolucionário plano de Educação Musical à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. A aprovação do seu projeto levou-o a mudar-se definitivamente para o Brasil.
Em 1931, reunindo representações de todas as classes sociais paulistas, organizou uma Concentração Orfeônica chamada "Exortação Cívica ", com a participação de cerca de 12 mil vozes.
Após dois anos de trabalho em São Paulo, Villa-Lobos foi convidado oficialmente pelo Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro - Anísio Teixeira - para organizar e dirigir a Superintendência de Educação Musical e Artística (SEMA), que introduzia o ensino da Música e o Canto Coral nas escolas.
Como conseqüência do seu trabalho educativo, viajou de Zeppelin, em 1936, para a Europa, representando o Brasil no Congresso de Educação Musical em Praga.
Com o apoio do então Presidente da República, Getúlio Vargas, organizou Concentrações Orfeônicas grandiosas que chegaram a reunir, sob sua regência, até 40 mil escolares e, em 1942, terminou por criar o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, cujo objetivo era formar candidatos ao magistério orfeônico nas escolas primárias e secundárias, estudar e elaborar diretrizes para o ensino do Canto Orfeônico no Brasil, promover trabalhos de musicologia brasileira, realizar gravações de discos, etc.

O compositor das Américas chega aos Estados Unidos

"Irei aos Estados Unidos somente quando os americanos quiserem me receber como eles recebem a um artista europeu, isto é, em razão das minhas próprias qualidades e não por considerações políticas..."

Apesar dessa resistência inicial (era o momento da chamada "política da boa vizinhança" praticada pelos EUA com aliados na 2ª Guerra Mundial), Villa-Lobos, convencido pelo Maestro Leopold Stokowski, seu amigo desde Paris, aceitou o convite do Maestro norte-americano Werner Janssen para uma turnê pelos EUA, em 1944.
A partir daí, retornou àquele país várias vezes, onde regeu e gravou suas obras, recebeu homenagens e encomendas de novas partituras, além de ter travado contato com grandes nomes da música norte-americana, fechando, assim, o ciclo de sua consagração internacional.

Villa-Lobos morreu de câncer em 17 de novembro de 1959, no Rio de Janeiro.


Bibliografia
BÉHAGUE, Gerard - "Heitor Villa-Lobos: The search for Brazil's musical soul". Austin, ILAS, 1994.
MARIZ, Vasco - "Heitor Villa-Lobos Compositor Brasileiro". Rio de Janeiro, Zahar Editores S.A., 1983.
RIBEIRO, João Carlos (org.) - "O Pensamento Vivo de Heitor Villa-Lobos". São Paulo, Martin Claret Editores, 1987.
VILLA-LOBOS, Heitor - "Educação Musical". Presença de Villa-Lobos - 13º Volume. Rio de Janeiro, Museu Villa-Lobos, 1991.

FONTE: http://www.museuvillalobos.org.br/mvl1.htm

terça-feira, 28 de agosto de 2007

A palavra de quem sabe I

“Quanto a mim, tenho medo de computador,
aquela bocarra escancarada pode engolir-me a qualquer instante.
Acho que muita gente já foi engolida e ainda não percebeu.
Muita garotada, inclusive” (Mino Carta)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

O Leão degolou o Galo da forma mais tradicional



Ríver é goleado pela equipe de Barras e eliminado da série C

Numa tarde histórica para o futebol barrense, Barras goleou o Ríver pela série C e avançou para a próxima fase da competição.

O Ríver Atlético Clube se despediu melancolicamente da Série C do Campeonato Brasileiro de futebol (grupo 4 ) ao tomar um chocolate da equipe de Barras no estádio Juca Fortes completamente lotado, na tarde deste domingo (dia 29). O tricolor da capital não suportou a pressão barrense e apanhou de 4 a 0, a equipe riverina jogou sem espírito coletivo e tentou decidir o jogo de qualquer jeito, resultando numa grande decepção para a torcida tricolor que esteve presente no Juca Fortes empurrando o time. A goleada classificou o time barrense para a próxima fase da Série C, transformando a cidade num verdadeiro carnaval fora de época. No outro jogo do grupo 4, Itapipoca e Sampaio Corrêa não saíram do 0 x 0, resultado com sabor de vitória para o time maranhense. Dídimo de Castro e Carlos Said estiveram em Barras fazendo a completa cobertura para a Tv Cidade Verde, o canal do esporte piauiense.

http://www.cidadeverde.com/esporte_txt.php?id=2346

domingo, 29 de julho de 2007

(mal)DITOS POPULARES III

"De onde menos esperamos é que não sai nada mesmo."

"Água mole e pedra dura, tanto bate até que acaba a água."

"Quem entra na chuva é pra se queimar."